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Wish School

Tatuapé, São Paulo - sp2016-218
sala aberta (opened room)
sala semi aberta (semi-open room)
sala fechada (closed room)

Intervenção em galpão pré-existente e terreno baldio para sediar escola baseada em princípios de educação aberta. As ações são pautadas por procedimentos de demolição e enxerto, retirando excessos de construção e inserindo novas estruturas que possibilitam a criação de espaços flexíveis capazes de abrigar as diversas atividades da escola.

(leia mais no memorial)

Intervention in pre-existing shed and wasteland to host school based on principles of open education. The actions are based on procedures of demolition and grafting, removing excess construction and inserting new structures that allow the creation of flexible spaces capable of housing the various activities of the school.

(read more in memorial)

fachada (facade)
pavimento inferior (lower floor)
iluminação do pavimento inferior (lower floor lighting)
pavimento superior (upper floor)
iluminação do pavimentosuperior (upper floor lighting)
cobertura (roof)

Ficha Técnica

  • local Tatuapé, São Paulo - sp
  • Tatuapé, São Paulo - sp 2015
  • obra 2015-2016
  • área construída 1.166 m²
  • área terreno 1.275 m²
  • autores alexandre gervásio, erico botteselli, lucas thomé e pedro de bona
  • mediador caio vassão
  • colaboradores nathália lorena, liene baptista, thaís coelho, vinícius costa e francisco veloso
  • colaboradores captação vídeos primeiro dia carol milani, eduardo barcellos, guilherme pardini, liene baptista, nathália lorena, thaís coelho e vinícius costa
  • colaborador publicação vitor pissaia

Prêmios

  • mies crown hall americas prize - 2016/2017 indicado ao prêmio for emerging architecture _ college of architecture at illinois institute of technology
  • 21st century schools in latin america and the caribbean vencedor prêmio (2018 _ banco intra-americano do desenvolvimento)
  • 11ª bienal de arquitetura de são paulo - 2017 11ª bienal de arquitetura de são paulo - 2017
  • iab 75 anos - 2018 menção honrosa categoria institucional prêmio
  • german design award - 2019 indicado ao prêmio
  • 21ª bienal de arquitectura e urbanismo de chile - 2019 selecionado

Memorial

A Wish é uma escola bilíngue de educação holística, que constrói sua pedagogia através de uma visão completa do indivíduo. Aspectos físicos, emocionas, sociais, culturais, corporais, criativos, intuitivos e espirituais são tão importantes quanto o intelecto racional. Para além do conteúdo das disciplinas, o entendimento das vontades e aptidões da criança são usados para resignificar e efetivar o aprendizado.

O processo de projeto se desenvolveu em conjunto com os usuários, na busca das soluções para que a nova sede pudesse vir a ser justamente um reflexo da sua pedagogia. Para entender a complexidade de interações envolvidas nessa abordagem de ensino, foram realizadas dinâmicas com todos envolvidos. Numa sala, quatro arquitetos, cada um em uma mesa. Grupos misturados de alunos, professores, coordenadores e responsáveis pela manutenção sentavam e discutiam conosco um assunto determinado pelo responsável da dinâmica, nosso professor Caio Vasão. Assim criamos não somente um panorama de questões práticas e funcionais a serem abordadas, mas também de expectativas sensoriais, algumas abstratas, outras literais; às vezes irrealizáveis; às vezes precisas e factíveis.

Sobre o sítio, tratam-se de dois terrenos no bairro do Tatuapé. Um baldio, outro continha dois galpões, o menor com um pé direito mais alto, o maior com um mezanino de estrutura de concreto independente da estrutura da envoltória. Dentro deste contexto foram elencadas operações pautadas por ações de demolição e enxerto, retirando excessos de construção e inserindo novos elementos, de forma a atualizar a tipologia industrial em uma ferramenta educacional.

Abordamos a planta como território composto por zonas de contração e expansão, em que existem fronteiras e bordas, mas elas são tênues, permitindo e incentivando a transgressão, catalisando a apropriação imaginativa, entendendo as crianças como sujeitos ativos. Os corredores, lugares em que a única função é o movimento contínuo do ir e vir, não existem. Todos ambientes são expansões da sala de aula formal e propícios para a assimilação de conhecimento. Consequentemente, para chegar de um ponto ao outro, é possível escolher diferentes percursos, diferentes interações, escolher o que encontrar e o que não.

A conformação longitudinal do edifício rente ao lote vizinho demandou aberturas zenitais e recortes nas lajes, para a entrada de luz no pavimento térreo, sempre vinculados às circulações verticais. O uso de diferentes vedos permitiu variações na filtragem da luminosidade, adequada de acordo com às necessidades do programa. Complementares e associadas aos vedos, as prateleiras dão menor ou maior privacidade às salas de acordo com sua ocupação.

As principais bordas são compostas pelo conjunto de salas com duas tipologias: as de vedo fixo/translúcido e as de vedo móvel, onde painéis pivotantes fazem a delimitação dos espaços. Os painéis dão suporte às atividades que acontecem à sua volta, servindo de armário, apoio de mochilas, instrumentos, livros e trabalhos dos alunos. Ao serem pivotados, os painéis mudam a configuração do espaço à sua volta, abrindo a sala de aula para os ambientes adjacentes. Expandem para receber atividades com mais interação, contraem para atividades introspectivas.

As salas de aula são encaradas como pontos de apoio para o entorno, algo como porto seguro para os alunos dentro da deriva na escola como um todo. Possuem desenho não ortogonal, geram inflexões que desdobram, em suas bordas, espaços ao mesmo tempo contínuos e distintos, sem discriminação clara, delimitada dos usos. Somados espaços de aprendizado formal e espaços de aprendizado informal, as salas e o seu espaço contíguo, cada qual com suas características, visam atender às diversas demandas de ambientes que a pedagogia aberta possa necessitar. Intervention in pre-existing shed and wasteland to host school based on principles of open education. The actions are based on procedures of demolition and grafting, removing excess construction and inserting new structures that allow the creation of flexible spaces capable of housing the various activities of the school.

Uma pesquisa feita pelo escritório através da captação de vídeos para analisar a pós-ocupação, demonstra a apropriação dos diferentes espaços pelos alunos e educadores para diferentes atividades: grupos de crianças desenvolvem uma pesquisa na sala, aulas expositivas acontecem fora das salas, alguém joga xadrez no banco, uma menina faz uma leitura escondida embaixo da escada, um sarau na rampa ou uma reunião de professores nas mesas do refeitório. Apropriações estas que acabam por validar o projeto como catalizador de apropriações e como aparato que expõem os alunos aos conflitos inerentes do convívio coletivo.

With a teaching proposal where the classroom is a point of support for the student and not its container, Wish School builds its pedagogy through a overall view of the individual. Physical, emotional, social, cultural, corporeal, creative, intuitive, and spiritual aspects are as important as the rational intellect. Beyond the content of the disciplines, understanding the child's wishes and abilities are used to reframe and firm the child learning.

The project process was developed together with the users, in the search for solutions to make the new building reflect the school's philosophy. In order to understand the complexity of interactions involved in this teaching approach, dynamics were realized by Caio Vassão with architects, students and educators. Thus, we created not only a panorama of practical and functional questions to be addressed, but also of sensorial expectations, some abstract, some literal; sometimes unrealizable, sometimes accurate and feasible.

The site contained two connected sheds, built in a terrain with 15 meters of front and 50 of depth, which had already undergone diverse reforms and sheltered different uses. It was necessary a intervention to update the industrial typology in a device of teaching by the coexistence and mediation.

We approached the floor plan as a territory composed of contraction and expansion zones, in which there are frontiers and borders, but they are tenuous, allowing and encouraging transgression, catalyzing imaginative appropriation, understanding children as an active subject and space transformers. The hallways, as spaces whose only function is the continuous movement of come and go, do not exist. All environments are expansions of formal classroom and propitious to assimilation of knowledge. Consequently, to get from one point to another, it is possible to choose different paths, different interactions, choose what to find and what not.

The longitudinal conformity of the building, adjacent to the neighboring lot, required zenith openings and cuts in the slabs to provide quality light to the ground floor, always linked to the vertical circulations. The use of different materials as partitions allowed variation of the light filtering, suiting to the different program’s needs. Complementary and associated with the partitions, the shelves give less or more privacy to the rooms according to their occupation.

The main edges are composed of two types of rooms: the ones with fixed and translucent seals; and the ones with movable panels that delimit the space. The panels perform as support for the activities that take place around them, serving as a closet, bookshelf, support for backpacks, instruments, among others. By being moved, the configuration of the space around them is changed, expanding the classroom for the surrounding areas. They expand to receive activities with more interaction and contract for the introspective ones.

Classrooms are seen as supporting points for the surroundings, something like a safe haven for the student’s drift into the school. They have non-orthogonal design, generate inflections that unfold, at their edges, spaces that are both continuous and distinct, without clear discrimination, delimited uses. Summed up, formal learning spaces and informal learning spaces, the rooms and their contiguous space, each with its characteristics, aim to meet the diverse demands of open pedagogical environments.

A survey done by the office through video capture to analyze the post-occupation, shows the appropriation of different spaces by students and educators for different activities: lectures take place outside the rooms, groups of children develop a research in the room, someone plays chess on the bench, a girl does a hidden reading under the stairs, a sarong on the ramp or a teachers' meeting at the cafeteria tables. They validate the project as a catalyst for appropriations and instrument that exposes students to the inherent conflicts of collective living.

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